quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Questões desenvolvidas pelos alunos relacionadas aos textos:

RAMIREZ, A.; WALTHER, J.; BURGOON, J.; SUNNAFRANK, M.. Information-Seeking Strategies, Uncertainty, and Computer-Mediated Communication. In Human Communication Research, 28, 2002. (p. 213 – 228)

WESTERMAN, David; HEIDE, Brandon; KLEIN, Katherine; WALTHER, Joseph. How do people really seek information about others?: Information seeking across Internet and traditional communication channels. Journal of Computer-Mediated Communication, v.13, 2008 (p.751- 767).


> De que maneira os aplicativos que tem como objetivo resgatar as informações ou os rastros de um ator social que age na internet e que, de certo modo, auxiliam na produção da auto-apresentação atuam na construção (e até mesmo na reconstrução) do self?

> O site de rede social Facebook lançou recentemente o serviço chamado Timeline. Nele é possível resgatar informações sobre si e outros depositadas nas bases de dados do site com mais facilidade. Porém, o sistema do Facebook permite que se altere ações passadas, mudando, adicionando e apagando conteúdos. Essa possibilidade de "gerenciamento do passado" interfere de que maneira na constituição do self?

> Qual a relação entre URT e o gerenciamento de impressão?


> Quais as diferenças entre ICT, SIDE e SIPT?


> O texto "How do people really seek information about others?" afirma que as buscas por informações sobre os outros influenciam na formação da impressão e no desenvolvimento das relações. Mas, o quão válidas/verdadeiras são informações encontradas na internet sobre os indivíduos?

> bancar um "web detetive" poderia prejudicar a interação FtF? Na internet haveria limites que diferenciariam curiosidade de obsessão? O que caracterizaria um "uso excessivo" de busca de informações sobre os outros? Com isso, ficou mais difícil mentir? ou ficou mais fácil descobrir mentiras/ confirmar verdades?


> Entendendo o momento de “busca de informações” sobre o “outro-alvo” como um aspecto do processo de interação, como explicam Ramirez, Walther, Burgoon e Sunnafrank (2002), então a questão do anonimato merece ser problematizada, no cenário das interações online. Numa primeira fase (a de buscar informações), conforme afirmam Heide, Westerman, Klein e Walther (2008), os indivíduos optam pela não revelação das suas ações de busca – ou seja, preferem ficar anônimos. Já em outros momentos da interação – o de aproximação inicial, por exemplo -, a proposta é exatamente a de deixar o anonimato de lado e se mostrar/apresentar, tanto através de fotos, textos ou de comentários de amigos intencionalmente deixados no “mural”, como uma forma de gerenciamento de impressão. Tendo em vista os dois artigos, questionamos: a importância do anonimato, então, é relativizada, assumindo graus variados, em momentos distintos da interação entre duas partes, a depender do interesse dos interagentes, em cenários digitais/online?


> Ramirez, Walther, Burgoon e Sunnafrank (2002) propõem que as estratégias de “busca de informações” chamadas de extractive strategies representam uma manifestação típica do contexto digital, indisponíveis para as comunicações face a face. Para ilustrar, os autores citam mensagens e arquivos disponíveis em newsgroups e a busca eletrônica por publicações acerca do “outro-alvo”. Nesse sentido, questionamos: seria essa estratégia, de fato, uma particularidade das interações online ou apenas assumiram outros formatos, passando, portanto, por uma ressignificação?


> Autores clássicos interacionistas, como Goffman, atribuem uma importância muito grande aos aspectos relacionados ao comportamento numa interação face a face. Práticas de deferência e porte, por exemplo, precisam ser institucionalizadas para que o indivíduo consiga projetar um eu sagrado viável, e permanecer no jogo numa base ritual apropriada, segundo afirma o autor. Na perspecitva da comunicação mediada por computador, como essas práticas de cunho essencialmente comportamental podem ser identificadas a partir das pistas sociais estabelecidas em ambientes digitais? Como o "comportamento" é projetado nestes ambientes e de que forma é possível mensurá-los ou categorizá-los?


> Admitindo que tecnologias oferecem tipos distintos de interações mediadas – sugerindo ao usuário sensação de naturalidade, imediatismo, realidade, de estar junto com outro, é possível considerar que a depender dos objetivos sociais envolvidos, do tipo de tecnologia e do nível de interação estabelecido, teremos experiências distintas, ainda que utilizemos as mesmas estratégias para a busca de Informações?

> Recursos de comunicação síncrona e assíncrona seriam bons exemplos para um estudo comparativo de pistas sociais a partir do Modelo Conceitual de Busca por Informação Social na CMC e Novas Mídias?


> Trazendo a proposta do modelo conceitual de para a atualidade, poderíamos arriscar dizer que os algoritmos de pesquisa tem avançado ao ponto de influenciar significativamente nos fatores ligados ao comunicador (suas preferências, histórico, habilidades), bem com incidem produzindo contextos diferenciados para cada sujeito? O atual modelo dos buscadores embutidos em diferentes ambientes digitais seriam híbridos que agrupam e disponibilizam estratégias ao mesmo tempo ativas, passivas, "extrativas" e interativas?

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